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A tecnologia chegou ao mundo da Saúde e Segurança do Trabalho. Inteligência artificial (IA) e Internet das Coisas ou IoT, do inglês Internet of Things, aplicadas à Saúde e Segurança, estão provocando uma revolução na prevenção de acidentes de trabalho e no tempo de resposta a emergências. A cada dia, percebe-se que a presença de sensores, medidores, georreferenciamento, localização em tempo real, sistemas de voz e imagem, infraestruturas de comunicação de dados e plataformas integradoras de tratamento das informações colaboraram para garantir a segurança dos trabalhadores da linha de frente no ambiente industrial. Se não é realidade para todos, ainda, em breve será. 

A Segurança do Trabalho é encarada hoje como um valor pela maioria das grandes empresas, que vêm perseguindo a eliminação de incidentes e acidentes, com o objetivo de melhorar o ambiente de trabalho e preservar a saúde e segurança de seus empregados. A construção de soluções que utilizam novas tecnologias, envolvendo hardwares e softwares de última geração e computação na nuvem têm contribuído, e muito, para endereçar desafios de segurança de cada negócio e para a criação de ambientes mais seguros. O termo “EPI Digital” passa assim a configurar gradativamente uma realidade nas operações de diversas indústrias, sinalizando que, como os EPIs “analógicos” – como luva, capacete, óculos de segurança e protetor auricular –  dispositivos digitais deverão passar a ser de uso obrigatório em locais com maior exposição ao risco. 

No Brasil, toda essa tecnologia poderá reverter uma triste estatística: ocupamos o 4º lugar no ranking mundial de mortalidade decorrente de acidentes do trabalho. Ficamos atrás somente da China, Índia e Indonésia, de acordo com pesquisa recente da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O estudo da OIT ainda indica que foram registrados mais de 612 mil acidentes de trabalho no Brasil em 2022, resultando em 2.538 mortes. Esses dados referem-se a trabalhadores em regime de CLT, com carteira assinada. Não há dados sobre a segurança de trabalhadores que atuam na informalidade. 

Reflexões

Acreditamos que quatro situações ocorrem nas empresas, em maior ou menor grau, que podem ajudar a explicar resultados tão ruins. Primeiramente, os empregados são “invisíveis” para a gestão da empresa.​ Há muitos casos de empregados em área remota que não utilizam rádio, ou mesmo em áreas com baixa cobertura de sinal, passam por situação de emergência e não conseguem atendimento a tempo . O que corrobora para a segunda reflexão: suas condições de trabalho são, frequentemente, desconhecidas e perigosas.​ É incrível, mas, em geral, não se sabe as reais condições de trabalho daqueles que atuam na indústria: quais são as condições de temperatura, pressão, ruído, produtos químicos? Qual o nível e quem está exposto, em tempo real? Qual o tempo de exposição? Em que locais? “EPIs Digitais” já são capazes de responder a essas perguntas e preventivamente atuar para redução da exposição do empregado ao risco ou para prontamente atendê-lo(a) em caso de emergência.

O terceiro ponto que agrava as estatísticas está relacionada com a comunicação, que em muitos casos é pouco confiável e ineficiente.​ Por fim, e não menos sério, é o fato de que os dados de saúde e segurança por vezes não são coletados e/ou não utilizados.​ A depender da maturidade da gestão da empresa, perde-se a oportunidade de obter e utilizar os dados disponíveis nas organizações para medidas gerenciais relacionadas à melhoria de procedimentos operacionais, infraestrutura, controles de acesso, segregação de função, dentre outros, para implantação de ações preventivas eficientes. Infelizmente, não há gestão das informações.

A jornada da segurança é longa, e requer uma mudança cultural de todos. É vital que as organizações desenvolvam, cada vez mais, a consciência da prevenção e preservação da vida das pessoas, com o entendimento do indivíduo e das condições ambientais a que ele está exposto. Graças ao desenvolvimento tecnológico, é possível que novas tecnologias e metodologias sejam utilizadas para predizer as situações e comportamentos, que permitirão a adoção de ações preventivas em prol da vida do trabalhador.

Nós, da Summo Quartile, queremos contribuir para essa mudança. Na frente de atuação Gestão de Riscos e Crise, desenvolvemos parcerias para oferecer soluções digitais em saúde e segurança para nossos clientes e potenciais clientes. Desenvolvemos várias parcerias de desenvolvedores dos EPIs digitais, como a Slatesafety, Rombit e a Aatmunn na América Latina. 

Confira, a seguir, quatro soluções digitais em saúde e segurança, que podem ser integradas na plataforma Aatmunn ou utilizados com a plataforma do parceiro: 

Interação homem X máquina: dispositivos digitais usados para a prevenção de colisões quando houver interação homem x máquina, informando em tempo real ao empregado e ao operador do equipamento quando são atingidos níveis críticos de aproximação. Para essa solução, a Summo Quartile é parceira da Rombit América Latina.

Geolocalização: dispositivo que permite o monitoramento de geolocalização dos empregados, tanto em áreas externas quanto internas, com as informações e dados disponibilizados em tempo real. 

Monitoramento biomédico: O dispositivo é desenvolvido pela SlateSafety, parceira da Summo Quartile no Brasil. A braçadeira monitora uma série de dados biomédicos e é indicada para o uso em empregados que desenvolvem atividades com stress térmico, expostos a altas temperaturas ou que exijam esforço físico severo  e/ou naqueles indicados pela medicina do trabalho da empresa. 

Software de Gestão de inspeções de segurança – (SIMR

O Aatmunn SIM é um software composto por um portal web, aplicativo móvel (app) e ferramenta de análise em Power BI. Tem o objetivo de melhorar a segurança enquanto reduz a demanda das equipes para a gestão das inspeções, digitalizando a conformidade e o rastreamento de equipamentos para apoiar esforços proativos de segurança e gestão inteligente dos ativos de SST. 

Saiba mais sobre essas ferramentas. Clique aqui.

Leonardo Wilken

Sócio fundador da Summo Quartile